A polícia civil de Manoel Urbano concluiu o inquérito que investigava a morte da jovem Estherfany Brandão, que morreu 10 dias após o parto ao procurar atendimento na unidade mista de saúde do município. Para a polícia, houve uma série de negligĂȘncia médica que resultou no falecimento da jovem.
Dentre as principais estão a demora na administração da medicação, a demora para a transferĂȘncia a capital, a falta de equipamentos para a intubação, e a mais grave, o rapaz que atendeu a paciente não possui formação em medicina e estava atendendo na unidade de saúde com o consentimento do amigo, o médico identificado pelas inicias T.L.S.
Estherfany deu entrada na unidade hospitalar no dia 10 de janeiro com a pressão alta, e apresentando convulsões. Apesar do estado de saúde grave, ela só foi transferida para Rio Branco 4 horas depois e sem intubação.
Segundo a família, a jovem teve algumas paradas cardíacas durante a viagem, o que agravou seu estado de saúde. Ela chegou ao Pronto Socorro da capital com graves danos cerebrais, e morreu 3 dias depois em uma das UTIs do PS.
"Reunimos provas contundentes que demonstram a materialidade do crime e a autoria dos envolvidos. Obtivemos imagens de câmeras de segurança, depoimentos de enfermeiros, técnicos de enfermagem e outros servidores da unidade, além de registros fotogrĂĄficos do falso médico atendendo pacientes. Também ouvimos o médico emergencista que prestou atendimento à vítima em Rio Branco, e todos os elementos confirmam as irregularidades que resultaram na morte da paciente", disse a delegada.