O governo do Acre, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária (Deracre) e das secretarias de Estado de Planejamento (Seplan) e de Governo (Segov), anunciou nesta segunda-feira, 5, a alocação de R$ 3,5 milhões para a realização de estudos ambientais no Ramal do Juazeiro, que ligará Santa Rosa do Purus a Manoel Urbano.
O traçado da estrada compreende um total de 199 km, dos quais 60 km já tiveram o levantamento do inventário florestal realizado. Ainda restam 139 km para a execução dos estudos de prospecção, que comporão o projeto inicial.
O governador Gladson Cameli destacou a importância dos recursos para o desenvolvimento regional e para tirar Santa Rosa do Purus do isolamento por via terrestre.
"Vivemos um tempo de mudanças extremas e precisamos adequar cada uma das ações do Estado às questões ambientais. A realização desse estudo é fundamental para garantirmos que as obras do Ramal do Juazeiro serão feitas dentro do que determina a legislação ambiental, garantindo o fim do isolamento por via terrestre do município, mas sem agressões ao meio ambiente", afirmou.
Os recursos anunciados pelo Estado são provenientes de emendas parlamentares dos deputados Tanizío de Sá, Zezinho Barbary e Eduardo Velloso e serão usados para contratar empresas especializadas em elaborar um estudo de impacto ambiental (EIA) e um relatório de impacto ambiental (Rima) da obra.
A presidente do Deracre, Sula Ximenes, explicou que o valor será destinado à execução dos estudos ambientais e arqueológicos necessários para o desenvolvimento do projeto, que será licitado em uma fase posterior. "Esse investimento é essencial para garantir que o projeto avance de forma sustentável e respeitando as legislações ambientais e culturais", destacou.
Além do apoio do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Deracre ainda precisa obter documentação da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Isso porque o traçado está localizado na área de influência da Floresta Nacional de Santa Rosa do Purus e nas proximidades da Terra Indígena Kaxinawá Nova Olinda.
Após a conclusão dos estudos, o Deracre deve avançar com o processo de licenciamento ambiental e, posteriormente, retomar as obras de abertura da estrada.
Fonte: Gabriel Freire - Ascom Deracre